Poucos sabem, mas antes de empreender e abrir a V.Content Comunicação e Marketing, 4 anos atrás, eu trabalhei cerca de 6 anos em uma agência de comunicação e relações públicas em São Paulo.
Durante esses anos eu coordenava projetos e o time, e assim transformávamos o conhecimento de profissionais experientes (executivos de startups e médias empresas) em notícia na grande mídia do país.
Eu já era mãe da Gabi quando comecei na agência de SP, e para fazer esses executivos(as) serem entrevistados serem convidados para dar entrevista em uma Exame, no jornal Valor Econômico ou começar uma coluna em uma importante revista ou portal de tecnologia, por exemplo, eu e a equipe usávamos toda uma estratégia de conteúdo e pesquisas intensa.
Todo esse trabalho era feito em um notebook que eu levava para as sedes da empresa tanto em Campinas, como em São Paulo, ia frequentemente até os clientes, trabalhava de lá, ou até mesmo de casa. Já cheguei a trabalhar nas mesinhas do clube em que éramos sócios em Campinas (isso em 2011), além de levar meu querido notebook para padarias e cafés por aí.
Essa ideia de flexibilidade em que meus líderes acreditavam foi extremamente importante na hora em que engravidei do meu segundo filho, Henrique. Trabalhei e fiz yoga até a 40ª semana, mas fazia 80% de home office no final da gestação.
Dez ou 12?
Na real, meu primeiro home office “oficial”, trabalhando com carteira assinada foi em 2010, quando minha filha ainda tinha 2 anos. Mas como freelancer, em 2008 eu já trabalhava de casa na revista de agricultura irrigada que co-fundei em 2004, assim que voltei do intercâmbio na Turquia.
A única pausa nos home offices mesmo foi em 2018, pois a empresa que trabalhei por cerca de 1 ano não tinha quase nenhuma cultura para isso, e não gostava que os colaboradores trabalhassem de casa.
O que aprendi com tudo isso?
Percebi que quanto mais eu me organizo em blocos de horário, com previsão de início e fim, com as atividades (poucas) já pré-determinadas, minha produtividade vai aos céus. Não posso afirmar que sou adepta da técnica pomodoro, mas entendo que criei a minha própria forma de trabalhar inspirada nela.
To do lists ajudam?
Depende. Se elas forem imensas e com atividades do todo, macro, sem uma prévia priorização, só atrapalham, na minha percepção pelo menos.
Entendi que para mim funciona assim:
Por exemplo, tenho um artigo para escrever?
Então reúno os dados, as pesquisas, temática central em forma de briefing objetivo e estipulo um determinado tempo, dependendo do grau de dificuldade, aproximadamente uma ou duas horas, sem contar revisão e edição final.
Evito abrir Whatsapp no computador (ajuda super, mas pode ser um mega tiro no pé e acabar com sua produtividade), não abro e-mail e levo meu celular em modo silencioso para longe, de propósito. Assim evita distrações.
E para quem tem filhos mais uma dica: combine com eles o que você está fazendo, se eles forem maiores de 3-4 anos, e peça ajuda de outro adulto, pai, etc, para você não ser interrompida(o). Se isole em um quarto ou outro cômodo que tenha porta.
Eu sempre digo que vou entrar em reunião por cerca de 1h e que durante esse tempo, eu não vou poder conversar nem brincar com eles. Que há na casa outro adulto que pode ajudá-los a pegar aquele copo de suco fresquinho ou fazer uma pipoca para o lanche da tarde, por exemplo.
E costumo estipular os blocos de horário em que posso me dedicar a produção de conteúdos como esse aqui ou produzir materiais para meus clientes, fazer alinhamento da estratégia com a equipe ou até fazer uma videoconferência com um potencial cliente pelo Zoom, ferramenta que adoro.
Os seres humanos trabalham com uma atenção cada vez mais sensível. Uma pesquisa realizada pela Microsoft, e noticiada pelo portal da BBC Brasil, sugere que o tempo de atenção dos seres humanos já é mais curto que o dos peixinhos dourados – e isto pode ser “culpa” da tecnologia.
A pesquisa foi feita no Canadá alguns anos atrás, e envolveu mais de 2 mil pessoas que responderam a perguntas e participaram de jogos online para avaliar sua capacidade de concentração.
Cientistas estimam que peixinho dourado consiga manter a atenção por nove segundos; pesquisadores afirmam que nossa atenção hoje é mantida por oito.
Os pesquisadores também realizaram exames de eletroencefalogramas em outros 112 voluntários canadenses para monitorar sua atividade cerebral.
Por esse motivo devemos evitar distrações e autossabotagem na nossa produtividade. Acredito que blocos de 40 minutos são ótimos, se definirmos atividades relevantes e específica para eles.
Propósito, ele de novo
Mas claro, sua atividade precisa antes ser algo que faça sentido para você enquanto ser humano, por isso recomendo entender e construir o propósito da sua função hoje, seja funcionário de uma empresa ou empreendedor. Fazer o que você faz precisa fazer sentido real para você.
Você sabe porquê você faz o que faz no trabalho, hoje?
O significado move montanhas – e te ajuda a seguir em frente, buscando soluções, e não fazendo parte do problema.
Postura física e mental
Outra dica de ouro que gosto destacar é a postura. Além da sensação de liberdade que o trabalho de casa traz, ele carrega em si alguns outros cuidados necessários.
Postura no computador, na cadeira ou na cama, não importa. Se você começar a sentar errado por muito tempo a dor nas costas é uma certeza, mais cedo ou mais tarde. Por isso, alongue-se e sente-se a mais ereta(o) que puder.
As pausas são funcionais para isso também, aproveite e mude de ambiente ou cadeira – o que pode até favorecer sua criatividade, te inspirando mais se for trabalhar da varanda, como eu faço com frequência por exemplo.
Como toda prática, o home office é algo que deve ser aprimorado constantemente, e o que funciona para mim, talvez não funcione para você. Mas vale observar sua rotina e necessidades. Existem pessoas que trabalham bem apenas no silêncio absoluto e em uma cadeira confortável. Eu já aprendi a ser produtiva em qualquer lugar, com as condições que tenho naquele momento.
E não se esqueça de ter um snack saudável à mão e um copo/garrafa de água. Eu gosto de usar um copo (tipo taça) que é maior, mas nem tanto como uma garrafa, pois aí me “obrigo” a levantar e buscar mais água, para dar aquela esticada estratégica, e se os filhotes estiverem em casa, dar um beijo gostoso neles!
Workaholic, eu?
Mas atenção com o horário. Empreendedores e freelancers costumeiramente extrapolam nas horas trabalhadas por dia. Eu não sou diferente. Preciso me policiar para não exagerar e passar da dose saudável. Isso quando a agenda permite, é claro. Por isso se comprometer com você mesma e sua família é tão importante. É da saúde mental que estamos falando, ok?
Afinal, o que importa mesmo é a nossa saúde como aliada da nossa produtividade. Uma não funciona sem a outra.
E o trabalho remoto de empreendedora como eu traz ainda outro bônus: quando a inspiração chega em um domingo à tarde você pode sem maiores preocupações abrir o laptop e começar a escrever, como fiz com esse texto. Isso porque estava de repouso pela manhã por conta de uma gripe leve.
Escrever me ajuda a organizar meus pensamentos e me energiza. Você também se sente assim?
Boa reflexão para você, e comente aqui o que não pode faltar para ser mais produtivo no seu home office.
Você pode conhecer mais sobre minha trajetória de empreendedora no meu perfil no LinkedIn aqui – https://www.linkedin.com/in/vivian-lopes/
E se quiser aprender mais sobre como fazer seu perfil do LinkedIn trabalhar a favor da sua carreira ou do seu negócio qualquer que seja seu business entre aqui no meu canal no Telegram, onde posto semanalmente dicas e boas práticas de LinkedIn.